Acompanhamos os
gestos praticados por Jesus no lava-pés (Jo 13, 4-11). Este aconteceu numa
refeição. Estar ao redor de uma mesa é sentar-se e partilhar as alegrias, as
angústias, as emoções..., também algo para comer.- Jesus levantou-se da mesa.
Ele nos diz que é preciso sair do nosso egoísmo, mobilizar-se, ir ao encontro
dos outros.
- Tirou o manto. Jesus
se esvazia de si mesmo e coloca-se na condição de servo. Ele nos ensina sobre a
necessidade de despojar-se de tudo o que divide, dos fechamentos, das
barreiras, dos medos, das inseguranças, que nos bloqueiam na prática do bem.
- Pegou uma toalha e
amarrou-a na cintura. Jesus põe o avental para servir. "Aquele que era de
condição divina, humilhou-se a si mesmo" (Fl 2, 6-8). Ele nos propõe o uso
do avental do servir na disponibilidade, e na generosidade, e ainda do
comprometer-se com os mais necessitados e colocar-se em último lugar.
- Colocou água na
bacia. Jesus usa instrumentos da cultura do povo: água e bacia. Repete um gesto
que era feito pelos escravos ou pelas mulheres. Ele quer nos dizer que para
anunciar sua proposta é preciso entender, conhecer, assumir o que o povo vive,
sofre, sonha...
- E começou a lavar os
pés dos discípulos. Para lavar os pés Jesus se inclina, olha, percebe e acolhe
a reação de cada discípulo. Com o lavar os pés, Jesus nos compromete a acolher
os outros com alegria, sem discriminações, a escutar com paciência, a partilhar
os nossos dons...- Enxugando com a toalha que tinha na cintura. Jesus enxuga os
pés calejados, rudes e descalços de seus discípulos. São muitos os gestos que
Jesus nos convida a praticar para amenizar os calos das dores de tantos irmãos:
visita a doentes e idosos, organizar-se para atender crianças de rua, uma
palavra de ânimo a aidéticos, valorização de nossos irmãos indígenas...
Diante da prática de
Jesus podemos nos perguntar:
Quais os gestos
concretos que nós como cristãos/ãs e catequistas, vamos assumir? Será que esta
Páscoa pode ser igual a outras tantas?